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Com palanque para Bolsonaro, candidatura de Collor a governador bagunça o cenário político em Alagoas

Por Política em Pauta 14/06/2022 15h03 - Atualizado em 14/06/2022 17h05
Por Política em Pauta 14/06/2022 15h03 Atualizado em 14/06/2022 17h05
Com palanque para Bolsonaro, candidatura de Collor a governador bagunça o cenário político em Alagoas
Collor - Foto: Redes sociais

O senador Fernando Collor de Melo (PTB) oficializou, nesta terça-feira, 14, sua pré-candidatura ao Governo de Alagoas. Ele será o único candidato ao governo do Estado que dará palanque ao presidente e pré-candidato Jair Bolsonaro (PL).

Em um vídeo publicado nas redes sociais, Collor enfatiza que sua pré-candidatura "nasce com apoio do presidente Jair Bolsonaro".

“O meu compromisso é por uma Alagoas forte, desenvolvida, avançada, com respeito a Deus, à pátria, à família, às cores da nossa bandeira e à liberdade, valores que precisam e haverão de ser respeitados”, disse Collor, sem informar quem será seu pré-candidato a vice.

A expectativa era que Collor informasse os nomes da ex-prefeita de Arapiraca, Célia Rocha, ou do vereador Leonardo Dias para compor sua chapa, mas o anúncio não ocorreu.

Na última semana, Célia Rocha informou que continua aliada de Collor, mas não pretende ser vice do senador nessa empreitada. A ex-prefeita disse que sua negativa se refere ao fato de não querer mais figurar como candidata a nenhum cargo eletivo.

A entrada de Collor na disputa eleitoral ao Governo de Alagoas pode bagunçar o cenário político no Estado e enfraquecer a candidatura de Rui Palmeira (PSD) e Rodrigo Cunha (União Brasil), nomes que seriam opção de voto dos eleitores de Bolsonaro, contra o governador Paulo Dantas, que apoia o ex-presidente Lula nesta eleição.

Rodrigo Cunha é quem sofrerá o maior baque com o nome de Collor no páreo, ainda mais se o MDB conseguir barrar o nome de Jó Pereira (PSDB) para vice na chapa de Cunha.

Além disso, com Collor e Lira apoiando Bolsonaro nesse pleito, há uma grande possibilidade de aproximação entre os dois, caso cunha perca Jó. Ou seja, a dificuldade de Cunha em manter o palanque é a chance de Collor ir ao menos ao segundo turno da eleição estadual.