Se enganou quem imaginou que encerraria ontem a batalha judicial envolvendo os ex-funcionários da TV e Rádio Gazeta de Alagoas e o grupo empresarial. A assembleia dos credores, que deveria ter ocorrido na última terça-feira, 24, foi mais uma vez adiada.

O adiamento das tratativas entre os advogados do senador Fernando Collor de Mello e os profissionais da comunicação demitidos em 2019, após uma greve geral, já virou uma constante.

Conforme um dos profissionais que aguardam receber os direitos trabalhistas, a audiência foi remarcada para julho, após solicitação dos advogados do senador, responsável pela TV e pela Rádio Gazeta.

"A audiência, deveria ter sido realizada em abril deste ano, foi remarcada para hoje {última terça-feira,24} e agora para julho", publicou a jornalista Priscila Anacleto.

"Até lá serão 3 anos de luta para saber se e quando vamos receber os nossos direitos trabalhistas", lamentou a jornalista.

Ainda segundo os profissionais demitidos da Gazeta, o que foi apresentado para eles, pelos advogados da empresa, até o momento é o pagamento parcelado dos direitos trabalhistas, que funcionaria da seguinte forma: cortar juros e multas e pagar em 36 meses (12 parcelas no 1° ano, 12 parcelas no 3° ano e 12 parcelas no 4° ano).

"Parece piada, mas não é. Essa foi a última proposta apresentada", contou Priscila Anacleto, completando "Como é que a empresa do Senador Fernando Collor, que é multimilionário, afiliada Globo no Estado, possui inúmeros patrimônios, não consegue pagar os direitos trabalhistas dos seus funcionários?"