Todo período de eleição da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), especialmente em Arapiraca, acaba por revelar que o termo “unanimidade” é uma expressão descartada do vocabulário classista, isso porque os grupos que duelam sempre se apresentam com ideias e projetos muito opostos, fato que gera importantes disputas, dentro e fora das urnas.

O atual presidente interino, Daniel Fernandes, tenta viabilizar seu nome. Apesar de uma significativa rejeição, tenta justificar que a falada apatia de sua gestão se deu por conta da pandemia e que por isso mereceria nova chance.

O advogado ganhou notoriedade quando apareceu em âmbito nacional no programa do jornalista Roberto Cabrini, por ter tentando viabilizar acordo entre padres e ex-coroinhas de Arapiraca, no episódio que gerou até uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da pedofilia, um dos maiores escândalos da Igreja Católica, já visto em Alagoas.

Por outro lado, na disputa classista se tem um grupo formado por pré-candidatos mais jovens, a exemplo do advogado César Filho e da advogada Paula Tainá, que já ocuparam diversos cargos nas últimas gestões da OAB, bem como, de diversas outras instituições ligadas à advocacia.

César Filho se tornou autoridade na advocacia criminal, contabilizando diversas atuações profissionais espalhadas, inclusive, fora do estado. Já Paula Tainá, como advogada e palestrante, se tornou autoridade no direito de defesa e proteção da mulher.

Correndo por fora, ainda tem o nome do advogado Abel Felipe, que chegou a concorrer a eleição anterior na qualidade de vice-presidente da subseção, não obtendo êxito. Notícias de bastidores dão conta inclusive de uma possível união entre Abel e o grupo de César e Paula, o que resultaria num grupo ainda mais fortalecido.

A classe segue dividida em busca do melhor projeto de gestão para uma das maiores e mais respeitadas instituições do país e a escolha errada pode resultar numa OAB fragilizada e sem a representatividade que dela se espera.