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Arthur Lira vence duelo contra Renan Calheiros e oposição e barra pedido de impeachment

Por Paulo Marcello 01/07/2021 11h11
Por Paulo Marcello 01/07/2021 11h11
Arthur Lira vence duelo contra Renan Calheiros e oposição e barra pedido de impeachment
Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados - Foto: Rádio Câmara

O presidente da Câmara dos Deputados, deputado Arthur Lira (PP-AL), ironizou os pedidos de abertura de processo de impeachment do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e afirmou que não vai bagunçar o país. Foi um balde de água gelada nos partidos de oposição e consequentemente no relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI/Covid) senador Renan Calheiros (MDB-AL).

O "superpedido", como chamaram alguns veículos de imprensa, foi protocolado na tarde desta quarta-feira (30) com a assinatura de partidos políticos, parlamentares e entidades da sociedade civil. O documento unifica argumentos de outros 123 pedidos que já foram apresentados

Segundo aliados de Arthur Lira, as chances de aceitar a empreitada é "próxima de zero". Mesmo com a nova iniciativa, o presidente da Câmara não estaria disposto a “bagunçar” o país e segue dizendo que não vê clima nem condições para iniciar um processo de impeachment.

“Até onde acompanhei na imprensa, o documento que foi protocolado hoje é uma reunião de outros pedidos de impeachment com o agregado dos depoimentos da CPI. Se esta é a novidade, o ideal é esperar o avanço da CPI que acontece na outra Casa para ver se há algo de verdade e contundente além dos depoimentos. Vamos aguardar os acontecimentos”, disse.

Arthur Lira também afirmou que a oposição não tem 342 votos para aprovar o afastamento do presidente e que um impeachment no momento seria uma irresponsabilidade. O presidente da Câmara ainda declarou que um pedido de impeachment precisa de "materialidade".

“Aqui seguimos a pauta do Brasil, das reformas e dos avanços. Respeito a manifestação democrática da minoria. Mas um processo de impedimento exige mais que palavras. Exige materialidade”, afirmou.

Vale lembrar que a decisão para abertura do processo de impeachment é exclusiva do presidente da Câmara. Em seguida, são necessários 342 votos na Câmara (de um total de 513) para dar prosseguimento ao processo. Atualmente, o presidente conta com apoio do Centrão, que reúne cerca de 200 deputados.