Impasse durante sessão ocorrida na noite desta terça-feira (16), na Câmara Municipal de Arapiraca, resultou no encerramento dos trabalhos sem aprovação do projeto do Executivo que cria o auxílio emergencial aos trabalhadores desempregados das academias, bares e restaurantes, além dos músicos. A proposta da maioria dos edis é que o prazo seja ampliado de dois para quatro meses.

De acordo com a proposta original, o benefício seria de R$ 200,00 (duzentos reais), durante dois meses, mas a maioria dos vereadores quer estender o prazo por, no mínimo, quatro meses, garantindo ajuda para estes trabalhadores que estão impedidos de exercer suas funções normalmente por conta do decreto do governo que incluiu Alagoas na fase vermelha de enfrentamento a pandemia.

As discussões tiveram início logo após a leitura de uma emenda modificativa de autoria dos vereadores Márcio Marques (Republicanos), Dr. Fábio (PSDB), Pablo Fênix (PSDB), Melquisedec (PROS), Adriano Targino (PP), Ginaldo Bicudo (Republicanos), Fabiano Leão (PSDB), Zé Carlinhos (PSC) e do presidente da Casa, Thiago ML (PROS), que solicitava a ampliação do prazo para o pagamento do auxílio emergencial. Com a suspensão dos trabalhos, a Câmara fará uma sessão extraordinária para debater e votar o projeto do Executivo em caráter de urgência urgentíssima.

No entendimento da maioria dos vereadores, é necessário garantir que o pagamento deste auxílio seja ampliado para quatro meses. Este entendimento ocorreu após encontro com representantes da Associação dos Bares e Restaurantes de Arapiraca, quando os parlamentares ouviram de perto as angústias dos donos dos estabelecimentos locais e as reais dificuldades pelas quais passará o setor, com a inclusão de Alagoas na bandeira vermelha.

De acordo com dados da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), cerca de 300 mil empresas do setor fecharam as portas e cerca de um milhão de trabalhadores foram demitidos durante a pandemia.