O vereador Pablo Fênix (PSDB) protocolou um requerimento no qual pede o cancelamento do contrato entre a prefeitura de Arapiraca e a Companhia de Saneamento de Alagoas (CASAL) pela falta da prestação de serviço a contento na capital do Agreste alagoano. Segundo o parlamentar, esta empresa não oferece solução para o problema crônico da falta d’água na cidade e região.

Pablo se mostra revoltado quando o assunto são as constantes reclamações de moradores das áreas urbana e rural sobre a falta de águas nas torneiras por dias e até semanas, além da falta de compromisso da empresa em resolver vazamentos e de investimentos que só ficam no papel. O parlamentar pede que a prefeitura cancele o contrato com a CASAL.

“Pelo contrato de concessão de exploração do serviço de água e esgoto no município arapiraquense, a CASAL é obrigada não apenas a manter a rede em permanente manutenção, mas tem a obrigação contratual de fazer o investimento necessário para atender à população. E pior, quando conserta os vazamentos nas ruas, deixa um rastro de destruição na malha de pavimentação pública sem precedentes, causando um sério prejuízo tanto para o município como para a população”, declarou.

Ainda de acordo com o parlamentar, nos últimos anos a empresa vem realizando um serviço de péssima qualidade, se limitando apenas a fazer os consertos em canos quebrados de uma rede antiga, bem acima do seu tempo de vida útil. De acordo com Pablo Fênix, na questão de esgotamento e seu tratamento, nunca investiu um centavo em todos esses anos de concessão de exploração do serviço.

“Além de não investir absolutamente nada, ainda tem a ganância e desrespeito de cobrar o serviço de esgoto em conjunto, como é o caso do Conjunto Habitacional do Agreste, onde apesar da rede existir, não tem nenhum investimento da concessionária. Como é que essa empresa cobra pelo serviço que não oferece? Isso é um descaso. Tem morador que paga apenas pelo ar que sai das torneiras, porque água não sai”, denuncia.

Para Pablo Fênix, apenas os pontos de manutenção precária da rede existente e ausência total de investimento em esgotamento, já seria motivo de sobra para a prefeitura quebrar esse contrato de concessão em vigor há muitos anos. Outro agravante, segundo o vereador, é porque em plena pandemia onde as autoridades sanitárias têm orientado a população a fazer a higienização constante das mãos com água, a falta do produto é constante na cidade.

“Como é que vamos lutar contra uma pandemia dessa que já tirou a vida de quase 250 mil pessoas em nosso Brasil, sem manter a completa higienização das mãos com a água? Como é que em uma casa onde há dez pessoas, por exemplo, elas podem manter a higienização e se proteger da doença, se a água não chega às torneiras”?