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Operações da Polícia Federal mudam cenário político para eleições em Arapiraca

Por Paulo Marcello 15/12/2019 23h11
Por Paulo Marcello 15/12/2019 23h11
Operações da Polícia Federal mudam cenário político para eleições em Arapiraca
Ricardo Nezinho, Luciano Barbosa e Renan Filho. O que fazer para 2020? - Foto: Imagem: Arquivo
A população alagoana faz o retrospecto de 2019 e facilmente aponta os escândalos do governo do Estado como os fatos que marcaram negativamente o ano. Operações da Polícia Federal e prisões de pessoas ligadas à cúpula do MDB jogam fora toda e qualquer chance da legenda tentar eleger prefeitos na maioria dos municípios, como planejava. Maceió e Arapiraca, os dois maiores colégios eleitorais de Alagoas, são as maiores perdas da legenda.

Inicialmente, a Polícia Federal (PF) desencadeou a uma operação para apurar suspeitas de fraudes e desvios de recursos do transporte escolar na Secretaria da Educação, pasta do vice-governador Luciano Barbosa. Na última semana, foi a vez da Operação Florence – “Dama da Lâmpada”, que resultou na prisão preventiva da filha e do genro de Luciano, além de parentes e pessoas muito próximas ao deputado estadual Ricardo Nezinho.

A estratégia de o MDB montar uma chapa competitiva na capital alagoana já não era uma das mais fáceis, pela ausência de um nome de consenso. Já em Arapiraca, a legenda poderia escolher entre o deputado Ricardo Nezinho e o vice-governador Luciano Barbosa, mas os últimos acontecimentos nas áreas da Educação e Saúde decepcionaram até seus mais fanáticos apoiadores.

Com a quebra do MDB, a situação do prefeito Rogério Teófilo (PSDB) fica (em tese) mais confortável e a disputa eleitoral ganha um novo contexto. Naturalmente, todos os pré-candidatos devem ganhar alguns pontos nas pesquisas de intenção de voto e mais apoios políticos. Fabiana Pessoa (Republicanos) passaria a ocupar o posto de principal opositora da atual gestão, com apoio do esposo, o deputado federal Severino Pessoa (Republicanos).

Mas ainda existe a chamada terceira força, com nomes como os advogados Cláudio Canuto e Héctor Martins (presidente da OAB, licenciado), além de pré-candidatos que já aparecem bem na mídia, como o ex-deputado Cícero Valentim (PSD) e o professor Saulo Oliveira (PCdoB). Por sua vez o PT analisa alguns nomes, mas pode acabar indicando o advogado Jorge Moura. O líder comunitário Odilon Tenório será o candidato pelo PTC. Já pelo PSOL deverá ser indicado o presidente do diretório municipal, Lindomar Ferreira.