O senador Rodrigo Cunha (PSDB) tem ocupado o espaço da mídia eletrônica e das redes sociais na busca de mais visibilidade e divulgação de suas ações em seu primeiro ano de mandato, em Brasília. Prova disso, são os gastos com este tipo de publicidade que passam dos 50 mil reais (R$ 58.678,34).

As informações são do (M) Dados, núcleo de análise de grandes quantidades de informação do Metrópoles.com, no Portal de Transparência do Senado. O senador alagoano investe na divulgação de sua atividade parlamentar, mas não tem sido visto muito em seu Estado. Se a estratégia tem sido mais mídia e menos aparição pública, deve estar dando resultado.

Rodrigo Cunha é o primeiro alagoano da lista de investidores em publicidade e o oitavo no ranking nacional. Os gastos com divulgação envolvem desde a contratação de empresas de consultoria até o impulsionamento nas redes sociais. Tal prática do senador mais votado em Alagoas afasta o político dos gabinetes dos prefeitos que o apoiaram no último pleito.

O senador Cunha também não tem respondido a inúmeras tentativas de agendamento de entrevistas, até mesmo para prestar contas de suas ações em Brasília ou até para responder sobre suas posições políticas e opiniões sobre temas importantes para a nação já que somente as faz nas redes sociais.

Uma das poucas vezes que usou a Tribuna do Senado, em setembro deste ano, o senador Rodrigo Cunha falou sobre os investimentos na Educação, destacando a má gestão dos recursos destinados ao transporte de alunos em todo Brasil. Na ocasião, o parlamentar ressaltou a situação precária do Estado de Alagoas. Segundo ele, investimentos em alunos não deveriam se resumir apenas à sala de aula.

“É papel do Estado garantir todos os meios necessários para que o aluno se preocupe somente em aprender. Um dos meios essenciais é aquele que garante ao aluno chegar ao estabelecimento de ensino, qual seja o transporte escolar público. O direito ao transporte escolar público é fundamental na concretização do direito à educação, pois interfere no seu acesso, na frequência, na permanência, na evasão e também no processo de ensino-aprendizagem”, disse.