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Governo de Alagoas vira as costas para agricultores familiares no Agreste

Por Paulo Marcello 13/07/2019 14h02
Por Paulo Marcello 13/07/2019 14h02
Governo de Alagoas vira as costas para agricultores familiares no Agreste
Pólo Agroalimentar não serve pra nada, em Arapiraca - Foto: Imagem: Gazetaweb
O Pólo Tecnológico Agroalimentar (PTA), em Arapiraca, é sinônimo de descaso do governador Renan Filho e do vice Luciano Barbosa (MDB). A estrutura está abandonada e prejudicando o desenvolvimento econômico e social da região, objetivo para o qual foi criado.

O espaço conta com laboratórios para análise de solo, microbiologia e mini usina para a produção de álcool a partir da mandioca, entre outros equipamentos, mas nada funciona. O PTA já recebeu investimentos de cerca de R$ 12 milhões oriundos do governo federal, além da contrapartida do governo do Estado, mas com a falta de compromisso de Renan e Luciano Barbosa o Pólo acumula prejuízos e fica à mercê de vândalos.

O presidente da Associação do Sítio Piauí, Antônio Paiva, disse que o PTA não cumpre seu verdadeiro papel e lembra que os aparelhos não podem ser ligados por que o potencial energético é insuficiente.

De acordo com Paiva, professores da Universidade Estadual de Alagoas (Uneal) desenvolveram um projeto de um sistema de irrigação automático por meio de energia solar ou eólica, mas a tecnologia sequer chegou a ser divulgada aos agricultores da região.

"O pólo realmente não tem cumprido sua função social, tendo vista que, desde que foi inaugurado, a tensão da energia não é suficiente, para que possam ligar vários equipamentos ao mesmo tempo. O local possui um laboratório de análise de solos, um de microbiologia que faz teste da quantidade de agrotóxicos nas plantas e isso poderá ajudar e muito os agricultores de nossa região, pois, hoje uma análise de solo custa em média R$ 60,00 e só é feita na central analítica em Maceió. Isso inviabiliza ao agricultor fazer essas análises, tendo em vista que, para fazê-la, tem que levar a amostra à capital, o que torna o custo desse estudo mais caro", disse Antônio Paiva.

Por conta do estilo ‘faz de conta’ do governo, os agricultores familiares são obrigados a se deslocar até Maceió para fazer, por exemplo, uma simples análise do solo.