Os marchantes que atuam em Arapiraca e na Região Metropolitana do Agreste estão enfrentando sérias dificuldades para realizarem os abates de animais por meio do frigorífico Frigovale, concessionária responsável pelo este procedimento, após o fechamento do matadouro público municipal. Eles reclamam, entre outras coisas, sobre o valor cobrado pela empresa que acaba gerando prejuízo.

Diante do volume de reclamações e pelo fato de que este problema vem sendo registrado desde que a empresa ganhou a concessão para atuar no segmento na região, os vereadores buscam a apuração destas denúncias afim de por fim ao problema entre os marchantes e a direção do frigorífico privado.

Indicação nesse sentido foi apresentada pelo vereador Pablo Fênix (PRB), na última sessão ordinária da Câmara Municipal de Arapiraca, (14) e que foi aprovado por unanimidade. No texto, o vereador arapiraquense pede a secretaria de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente, cópia do contrato de concessão da Frigovale anexada a cópias da planta, licenças da prefeitura e órgãos ambientais, além de documentos que comprovem o balanço financeiro e recolhimento de impostos municipais.

“É lamentável que essa situação perdure por tanto tempo sem uma solução definitiva. O pedido recebeu total apoio dos demais vereadores desta casa e por isso nós vamos levantar todas as informações sobre as cláusulas deste contrato e verificar o balanço financeiro da empresa. As reclamações contra a Frigovale só aumentam, ano após ano, e nenhuma providência é tomada por parte dos órgãos competentes”, justificou Pablo Fênix.

Investigação parlamentar

Pablo Fênix pede a instalação imediata de uma comissão para averiguar as denúncias formuladas pelos marchantes e até por moradores do entorno, prejudicados pelo mau cheiro dos dejetos do frigorífico. Segundo o vereador, os marchantes enfrentam dificuldades para realizar os abates na referida empresa.

O vereador relatou ainda que alguns profissionais estão preferindo realizar o abate de animais em Maceió, na tentativa de baratear os custos mesmo com as despesa com deslocamento, pagamento de impostos e frete. Por sua vez, a vereadora Graça Lisboa lembrou que existe um processo contra esta empresa na Defensoria Pública e que a Câmara Municipal precisa ter acesso a estes documentos. Para a professora Graça, é uma questão de moral para o município resolver este problema.

O presidente da Casa de Leis, vereador Jario Barros, garantiu que será formada uma comissão com alguns parlamentares e que a mesma irá realizar uma inspeção nesta segunda-feira (18) em busca de informações sobre as denúncias dos marchantes. A visita também será acompanhada por empresários e engenheiros ambientais para que, com a união de forças, sejam utilizados os meios legais para sanar o problema.

A indicação do vereador Pablo Fênix foi acompanhada com as subscrições dos vereadores Jario Barros (PRP), Thiago ML (PMN), Willomaks da Saúde (PRP), Gilvania Barros (MDB), Graça Lisboa (PDT), Pastor Marcos Caetano (PTC), Melquisedec de Oliveira (PRB), Aurélia Fernandes (PSB) e Rogério Nezinho (MDB).