O presidente Jair Bolsonaro (PSL) pretende adotar ações necessárias para agilizar a identificação do fenômeno que está provocando rachaduras, de origem ainda desconhecida, em ruas e imóveis do bairro Pinheiro, em Maceió. A situação já provocou a desocupação de algumas casas e edifícios na capital alagoana.

Os efeitos dos tremores já causaram danos significativos, como fissuras, trincas e rachaduras em edificações, ruas e passeios numa área expressiva do bairro e algumas moradias já foram interditadas. A suspeita é que o problema tenha sido causado pela exploração de sal na região, pela indústria Braskem.

Nota oficial

Segundo nota da secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República, o Governo Federal pretende dar apoio ao município de Maceió e ao Estado de Alagoas, para identificar e solucionar o problema. A decisão foi tomada após o presidente reunir, em Brasília, na última sexta-feira (11), parte de sua equipe ministerial para discutir o caso.

O texto relata que a preocupante situação enfrentada pelos maceioenses levou o presidente Bolsonaro a reunir extraordinariamente os ministros da Casa Civil, Onyx Lorenzoni; do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto; de Minas e Energia, almirante Bento Albuquerque; da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva; do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno; e da Secretaria-Geral, Gustavo Bebianno.

“A iniciativa do Presidente se deveu à sua apreensão com o surgimento de rachaduras, de origem ainda desconhecida, em ruas e imóveis, e que já provocaram a desocupação de algumas casas e edifícios. O Presidente Bolsonaro, em apoio ao município de Maceió e ao estado de Alagoas, determinou que o Governo Federal adote as ações necessárias, para agilizar a identificação do fenômeno e que permitam subsidiar o adequado encaminhamento das medidas que couberem, para a resolução do problema”, diz um trecho da nota.

Ajuda humanitária

A Prefeitura de Maceió está cadastrando moradores do bairro para o recebimento de ajuda humanitária do Governo Federal, em forma de aluguel social. Nos próximos dias, moradores do Pinheiro também serão atendidos por assistentes sociais e psicólogos das secretarias municipais de Assistência Social (Semas) e de Saúde (SMS). Inicialmente o trabalho será voltado aos casos já identificados, no entanto, o atendimento poderá ser disponibilizado para os demais moradores que sentirem necessidade de acompanhamento.

As famílias que estão sendo obrigadas a abandonar seus imóveis serão incluídas na ajuda humanitária do Governo Federal. Já os imóveis que não tiveram recomendação de evacuação e não foram avaliados, serão avaliados por engenheiros civis para comprovar eventuais danos e posteriormente efetuar o cadastro, se necessário.