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Arthur Lira promete anunciar candidatura a presidência da Câmara dos Deputados

Por Paulo Marcello 07/01/2019 23h11
Por Paulo Marcello 07/01/2019 23h11
Arthur Lira promete anunciar candidatura a presidência da Câmara dos Deputados
Arthur Lira deve anunciar candidatura com apoio da centro-esquerda - Foto: Agência Brasil
O que era mera especulação virou realidade nesta segunda-feira (07), após encontro, em Fortaleza (CE), do deputado federal Arthur Lira (PP-AL) com o líder da minoria, José Guimarães (PT-CE), e o líder do PDT, André Figueiredo, também do Ceará. Na pauta, a formação de um bloco que viabilize a candidatura do deputado alagoano à presidência da Câmara dos Deputados.

Arthur Lira passou os últimos quinze dias articulando apoio para oficializar sua pretensão de concorrer à presidência da Casa Legislativa Federal. De acordo com uma fonte da legenda, o deputado vai lançar sua candidatura nesta quarta-feira (09) com apoio de cerca de 150 parlamentares do PP, PDT, PT, PTB e provavelmente do MDB, chamados de partidos de centro e de esquerda. PSB e PCdoB também estão na mira do líder do PP.

Por outro lado, o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) anunciou um acordo com o PSL, do presidente Jair Bolsonaro em busca da reeleição, em fevereiro. O atual presidente da Câmara conta, atualmente, com o apoio de seis partidos: PSL, DEM, PSD, PRB, PROS e PPS. Ao todo, essas legendas somam 161 parlamentares.

Mas a disputa pode ganhar um novo capítulo nas próximas horas. É que o MDB já tem, pelo menos, dois candidatos independentes prontos para se lançarem à disputa pelo comando da Câmara dos Deputados: Alceu Moreira, do Rio Grande do Sul; e Fábio Ramalho, de Minas Gerais. O diálogo desta segunda-feira pode ter fechado acordo com o MDB de Renan Calheiros, mas o apoio ao deputado Arthur Lira ainda não foi declarado oficialmente.

Denúncia

O pré-candidato Arthur Lira é denunciado no Supremo Tribunal Federal (STF) pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge, sob acusação de lavagem de dinheiro e prevaricação. Conforme a peça de acusação, o parlamentar teria aceitado, em 2012, R$ 106 mil de propina do então presidente da Companhia Brasileira de Transportes Urbanos (CBTU), Francisco Colombo.

A acusação, feita no início deste mês, foi rebatida pelo advogado do deputado, Pierpaolo Cruz Bottini. Por meio de nota à imprensa, a defesa informou que apresentou à Polícia Federal (PF) a "inexistência de qualquer fato criminoso".