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Secretários do governo do Estado estão na mira da Polícia Federal

Por Paulo Marcello com MPT 19/12/2018 12h12
Por Paulo Marcello com MPT 19/12/2018 12h12
Secretários do governo do Estado estão na mira da Polícia Federal
Foto: imagem: Arquivo
Ao menos três secretários do governo do Estado podem ter que dar explicações à Polícia Federal (PF) por conta de uma dívida estimada em R$ 15 milhões do Instituto de Assistência à Saúde dos Servidores de Alagoas (Ipaseal Saúde) junto a hospitais filantrópicos alagoanos. A informação foi confirmada pela assessoria do Ministério Público do Trabalho (MPT).

Nesta quarta-feira (19), o MPT informou que os secretários de Estado da Fazenda (Sefaz), George Santoro; do Planejamento, Gestão e Patrimônio (Seplag), Fabrício Marques; e o presidente do Ipaseal Saúde, Ediberto de Omena, podem ser conduzidos de forma coercitiva pela PF, ou seja, para serem ouvidos e liberados em seguida, caso a dívida não seja sanada.

Os secretários do governador Renan Filho (MDB) foram notificados para apresentar uma solução definitiva para a pendência, após reunião, nesta quarta-feira, na sede da Procuradoria Regional do Trabalho da 19ª Região (PRT19), em Maceió. De acordo com o Ministério Público, eles são responsáveis por regularizar o repasse de recursos financeiros aos hospitais que atendem servidores estaduais.

A assessoria de imprensa do MPT informou que o Ipaseal Saúde tem ainda um déficit mensal de R$ 500 mil e que os gestores serão ouvidos pela PF caso não apresentem uma proposta para solucionar o problema. O mais agravante é que as unidades hospitalares em todo Estado estão vivendo um drama para fechar as contas em 2018. Até mesmo as folhas de pagamento estão comprometidas por conta dos valores em aberto.

“Se não apresentarem uma proposta efetiva de solução ou não comparecerem à audiência, os gestores podem ser conduzidos de forma coercitiva pela Polícia Federal. Segundo apurou o MPT, o Ipaseal Saúde possui uma dívida acumulada de R$ 15 milhões mais um déficit mensal de aproximadamente R$ 500 mil. Com o atraso no repasse dos recursos, unidades hospitalares de Maceió e do interior estão com dificuldades de fechar as folhas de pagamento dos trabalhadores”, informou a assessoria.