O Partido dos Trabalhadores (PT) vai precisar de um milagre para vencer as eleições no segundo turno, marcado para o dia 28 deste mês. Conseguir uma virada histórica - com diferença de aproximadamente 18 milhões de votos - será um fato inédito e uma missão praticamente impossível.

Nunca, desde na redemocratização do país, um candidato à Presidência da República virou a contagem de votos após perder no primeiro turno. Mesmo que a maioria dos eleitores de outros candidatos vote em Fernando Haddad, ainda assim não tiraria a diferença.

Será necessário que 100% do eleitorado de Ciro Gomes (13.344.074), Geraldo Alckmin (5.096.277) e João Almoedo (2.679.596), por exemplo, vote única e exclusivamente no petista para que ele seja eleito presidente do Brasil.

Ocorre que estes eleitores irão se dividir entre Haddad, Bolsonaro, votar em branco, anular o voto ou nem sair de casa e esperar pela próxima eleição, em 2020, para não ter o título de eleitor cancelado.

Com 100% das urnas apuradas, de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Fernando Haddad foi o segundo mais votado e vai disputar o segundo turno com o capitão da reserva Jair Bolsonaro. Percentualmente, Haddad obteve 29,28% dos votos (31.341.839). Bolsonaro teve 46,2% dos votos válidos (49.275.358).

Desde o fim do regime militar, em 1985, o Brasil teve oito eleições presidenciais. Dessas, seis foram para o segundo turno.