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Lava Jato mexe com vida de moradores de Curitiba e cria oportunidades de negócio
A Operação Lava Jato é um marco na história brasileira que mudou não apenas a rotina de políticos, empresários e executivos de grandes grupos comerciais. Após três anos, a ação também mexeu com a vida dos moradores de Curitiba e de quem nunca pensou estar perto dos holofotes. É o caso de Marlene e Genival Santana, que moram em frente à Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, local que ficou famoso com a operação.
Marlene assiste à maior operação do país do portão de casa e admite que atualmente acompanha mais a política e fiscaliza seus candidatos. “O movimento é grande aqui. Só que eu não entendo de onde vem tanto dinheiro. Eu queria entender e não consigo. Tanto dinheiro e os hospitais precisando. Dá dó das pessoas. Se estão pegando tanto dinheiro, por que não resolvem os problemas?”, diz.
Quem também passou a se interessar mais sobre o assunto foi a comerciante Leonilda Baudi, que tem uma lanchonete em frente ao Complexo Médico Penal de Pinhais, na região metropolitana da capital paranaense, onde estão presos nove réus da operação, entre eles o ex-ministro José Dirceu e o deputado cassado Eduardo Cunha. Ela afirma que no primeiro ano da Lava Jato, o movimento no comércio cresceu e deu até para tirar uma renda extra. Mas agora, avalia que as visitas diminuíram. “Os advogados e o pessoal da família nunca vieram aqui. Eles compram as coisas de fora e só deixam para os presos. Mas os motoristas vinham fazer um lanche e enchiam aqui. Eles vinham e ficavam esperando o pessoal da visita”, conta.
Oportunidade de negócio
Outro local que ficou famoso por causa da operação foi o prédio da Justiça Federal, onde trabalha o juiz Sérgio Moro. E foi do outro lado da rua que o vendedor ambulante Vanderlei Santos viu uma oportunidade de trabalho. Em um varal improvisado amarrado em placas de trânsito, ele vende camisetas com a frase “República de Curitiba”, expressão usada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em referência a Moro e à Lava Jato. Vanderlei vende o produto também em manifestações por R$ 40 cada. A procura foi tão grande que ele vendeu todas as 103 camisetas que tinha em um único ato. “Além das manifestações, onde o 'homem' [Sérgio Moro] está, eu também estou. Se ele está em um local que vai levar público, eu também estou. É um bom negócio”, acredita.
Marlene assiste à maior operação do país do portão de casa e admite que atualmente acompanha mais a política e fiscaliza seus candidatos. “O movimento é grande aqui. Só que eu não entendo de onde vem tanto dinheiro. Eu queria entender e não consigo. Tanto dinheiro e os hospitais precisando. Dá dó das pessoas. Se estão pegando tanto dinheiro, por que não resolvem os problemas?”, diz.
Quem também passou a se interessar mais sobre o assunto foi a comerciante Leonilda Baudi, que tem uma lanchonete em frente ao Complexo Médico Penal de Pinhais, na região metropolitana da capital paranaense, onde estão presos nove réus da operação, entre eles o ex-ministro José Dirceu e o deputado cassado Eduardo Cunha. Ela afirma que no primeiro ano da Lava Jato, o movimento no comércio cresceu e deu até para tirar uma renda extra. Mas agora, avalia que as visitas diminuíram. “Os advogados e o pessoal da família nunca vieram aqui. Eles compram as coisas de fora e só deixam para os presos. Mas os motoristas vinham fazer um lanche e enchiam aqui. Eles vinham e ficavam esperando o pessoal da visita”, conta.
Oportunidade de negócio
Outro local que ficou famoso por causa da operação foi o prédio da Justiça Federal, onde trabalha o juiz Sérgio Moro. E foi do outro lado da rua que o vendedor ambulante Vanderlei Santos viu uma oportunidade de trabalho. Em um varal improvisado amarrado em placas de trânsito, ele vende camisetas com a frase “República de Curitiba”, expressão usada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em referência a Moro e à Lava Jato. Vanderlei vende o produto também em manifestações por R$ 40 cada. A procura foi tão grande que ele vendeu todas as 103 camisetas que tinha em um único ato. “Além das manifestações, onde o 'homem' [Sérgio Moro] está, eu também estou. Se ele está em um local que vai levar público, eu também estou. É um bom negócio”, acredita.
Justiça Federal em Curitiba - sede da 13ª Vara Federal Divulgação/Justiça Federal em Curitiba
Quem também viu uma oportunidade com a Lava Jato foi a empresária Bibiana Antonia, proprietária de uma agência de turismo. em Curitiba. Ela criou o chamado Tour Lava Jato, que passa pelos locais que ficaram famosos com a operação, como a Superintendência da Polícia Federal, o Complexo Médico e a Justiça Federal. Bibiana diz que a ideia surgiu a partir da demanda de turistas que pediam para visitar esses lugares. Hoje, a empresária avalia que a proposta foi bastante ousada, mas deu certo. “Quando foi lançado nas redes sociais, lembro que teve gente que criticou demais, dizendo que era oportunismo, em um sentido ruim. Mas eu sou uma empresária, vejo a oportunidade e tento. Vamos ver no que vai dar”, diz.
O pacote do passeio varia de R$ 150 a 340, dependendo do número de pessoas. A dona da agência conta que turistas de Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro e até trabalhadores de um hotel de Curitiba já fizeram o tour.
Com informações da Agência Brasil
O pacote do passeio varia de R$ 150 a 340, dependendo do número de pessoas. A dona da agência conta que turistas de Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro e até trabalhadores de um hotel de Curitiba já fizeram o tour.
Com informações da Agência Brasil
Niel Antonio
Jornalista formado pela Universidade Federal de Alagoas (UFAL), acredita numa comunicação social e ambiental com potencial transformador. Produz conteúdo no silêncio e também ao som de uma boa MPB. Nas entrelinhas das áreas do Jornalismo, busca desafios de produção diversos, como experiência a ser acrescentada aos quatro anos de bacharelado.
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