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Jesus, o Novo e Vivo Caminho!
Estamos aqui para mais um encontro. Que o Espírito Santo nos revele aquilo que está contido nas entrelinhas da palavra de Deus. Nesse encontro, vamos falar sobre Jesus, como sendo o novo e vivo caminho a ser seguido. Esse tema surgiu em meu coração após as manifestações de alguns irmãos, aqui no blog, que ao defenderem a obrigatoriedade da guarda do sábado, acabaram por misturar doutrinas contidas no Antigo testamento com outras que dizem respeito ao Novo testamento.
Nosso propósito nesse encontro é tentar trazer luz para o entendimento daqueles que ainda não compreendem a revelação de Deus ao longo da Bíblia. A partir desse tema, vamos tentar mostrar aos irmãos que o Velho Testamento, para nós cristãos, não deve ser observado como doutrina a ser seguida. Para nós, a
Antiga Aliança serviu como tutor para que tudo se consumasse no nascimento, morte e ressureição de Cristo. (Gl 3:24). Com a morte e ressureição de Cristo, abriu-se um novo e vivo caminho para chegarmos a Deus.
Nesse singelo texto, vou tentar resumir, de forma objetiva, a função do Novo e do Velho Testamentos para nossa vida cristã. Em suma, vamos passear pela história da Bíblia e tentar explicá-la, de uma forma que todos possam entender, sem entrar nos pormenores. Que Deus me ajude nesse interim!
Tudo começou no Éden quando o homem pecou contra Deus. O pecado de adão e Eva foi querer ser igual a Deus. O homem foi induzido pela serpente a comer do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal, sob o argumento de que se comesse do fruto, certamente íris ser igual a Deus. Através desse pecado, chamado de pecado original (por ter sido o primeiro praticado pelo homem), a raça humana foi condenada à morte eterna (o salário do pecado é a morte, Rm 6:23).
Como consequência disso, o homem foi expulso do Éden. No entanto, Deus, usando de sua infinita misericórdia, deixou uma esperança para a raça humana.
Deus fez a seguinte promessa para o homem: “que da semente da mulher nasceria um que iria pisar a cabeça da serpente e, com isso, iria conduzir o povo Dele de volta ao paraíso”. É com base nessa promessa que o povo de Deus começou a esperar pelo cumprimento do nascimento daquele que iria pisar a cabeça da serpente e conduzi-lo de volta ao paraíso.
A promessa de Deus começou a ter seu cumprimento quando o Anjo do Senhor aparece a Abraão e diz: “Abraão sai da tua parentela e da casa de teu pai, e vai para a terra que te mostrarei. E far-te- ei uma grande nação, e em ti serão abençoadas todas as famílias da terra” (Gn 12:1-3). Aqui, Deus ratifica a promessa feita a Adão e Eva, quando disse que da semente da mulher nasceria um que iria pisar a cabeça da serpente. Nos dois episódios, está implícito que Deus está falando do Messias, ou seja, ambas as promessas sinalizam para a vinda de jesus, o Cristo de Deus.
Todavia, do início da promessa até seu cumprimento passaram-se milhares de anos, pois Jesus só nascera mais de 6 mil anos após a primeirapromessa. A pergunta é: nesse intervalo de tempo como foi que o povo de Deus ficou, onde morou, quais leis seguiu, quem foram seus líderes? É aqui que entra todo o conteúdo do Velho testamento, pois é nos seus 39 livros que estão registradas toda a história da humanidade, da criação em Gênesis até o último profeta da Antiga Lei, Malaquias.
É no Antigo Testamento que encontramos toda a trajetória do povo de Deus, seus rituais, suas leis, e as promessas de Iavé para a chegada do Cristo. A história da redenção começa com o chamado de Abraão, quando Deus disse que dele sairia uma grande nação, apesar de sua mulher Sara, ser estéril e já velha, isso não impediu Deus de cumprir aquilo que havia prometido, pois Sara teve um filho com Abraão, seu nome, Isaque. Que por sua vez teve dois filhos gêmeos, Esaú e Jacó; Jacó, que era o mais moço, comprou a primogenitura de seu irmão com um guisado de comida. Da descendência de Jacó, nasceram doze filhos, dentre eles, José, que se tornou Governador do Egito, apesar de ter sido vendido, por seus irmãos, como escarvo.
No tempo em que José foi Governador no Egito, uma grande seca assolou toda a terra, o que fez com que, por providência Divina, José levasse seus irmãos e seu pai para morar com ele no Egito. Isso para cumpri a promessa que Deus havia feito a Abraão, pois se José não tivesse sido vendido como escravo e se tornado governador, toda a raça humana teria morrido, pois foi José quem interpretou o sonho de Faraó que dizia que por sete anos, a terra iria passar por uma grande seca, foi aí que José armazenou comida suficiente para esse período (leia toda a história em Gênesis, capítulos: 37-47).
Tempos depois, com a morte de José e a ascensão ao trono de um novo Faraó e a multiplicação do povo de Israel em terras egípcias, o novo rei manda aprisionar todo o povo de Deus e obriga-o a trabalhar para ele como escravo. E aí que Deus levanta Moisés, para libertar e liderar o povo rumo a terra prometida, Canaã. Foi sob a liderança de Moisés que o povo saiu do Egito em direção a terra prometida, mas chegando lá, após, três meses de peregrinação no deserto, o povo teve medo de lutar contra os gigantes daquela terra, exceto Josué e Calebe, que disseram: “se Deus nos prometeu, Deus vai nos dar essa terra”. Devido à pouca fé do povo, em não confiar nas promessas divinas, Iavé decidiu que aquela geração incrédula, com exceção de Josué e Calebe, não iria entrar na terra prometida, por isso, fez com que o povo peregrinasse sem direção por 40 anos, até que não restasse mais nenhum daquela geração. Quarenta anos depois, Josué e Calebe
tomaram posse da Terra prometida, Moisés, porém, não estava mais com eles.
Após esse período de peregrinação no deserto, o povo de Deus passa a ser governado por homens e mulheres que recebem o título de Juiz, dentre eles: Sansão, Débora, Gideão, dentre outros. Todavia, o povo de Deus não queria mais ser governado por Juízes, queria ter um rei, pois os povos vizinhos eram governados por reis. Deus concede o Desejo do povo e manda Samuel, sacerdote e profeta, ungir Saul como rei de Israel. Todavia, Saul desobedece as ordens de Deus e, por isso, Deus levanta outro Rei em seu lugar, seu nome: Davi, cuja história todos nós já conhecemos. O sucessor de Davi, no trono é seu filho Salomão, mas com a morte de Salomão, o reinado de Israel fica dividido, pois o sucessor legítimo, que é Roboão, começa a oprimir o povo, que resolve apoiar outro rei, que é Jeroboão. Com isso, o povo de Israel fica dividido, de um lado 10 tribos sob o comando de Jeroboão, do outro, 2 tribos com Roboão. Com essa divisão, o povo de Israel começou a sofrer influência de outros povos e começou a seguir doutrinas de deuses pagãos. Foi aí que Deus levantou profetas (porta-vozes) para disciplinar o povo e fazer com que o povo se arrependesse e voltasse a adorá-lo. Foi nesse período que o povo de Deus foi feito escravo diversas vezes por diferentes nações. Era através dos profetas, dentre eles Isaías, Jeremias, Daniel, dentre outros, que Deus exortava e consolava a nação de Israel sob a promessa de que iria, em breve, enviar um Messias para seu povo. E esse Messias iria salvar Israel de seus pecados de uma vez por todas. Quem era esse Messias?
Jesus, o Cristo de Deus.
É sobre essa promessa do envio do Messias, que surge o Novo Testamento, quando uma virgem anuncia a seu noivo que está grávida pelo Espírito Santo de Deus e que do ventre dela nascerá um menino chamado Jesus.
Isso para cumprir a promessa de Gênesis que diz: do ventre da mulher nascerá aquela que vai pisar na cabeça da serpente. Portanto, o nascimento de Jesus é o cumprimento da aliança que Deus fez com o homem de que iria enviar um Salvador para livrar o homem da morte eterna.
Nesse momento, há uma divisão histórica na Bíblia, a partir de agora, com a chegada do Messias, a humanidade passa a viver um novo e vivo caminho.
Jesus é o segundo Adão (1Co 15:45) que vem para levar o povo de volta ao Paraíso, do qual o primeiro Adão havia sido expulso. Com isso, a Bíblia fica dividida, de um lado o Velho testamento, representado por Adão e sua descendência, do outro lado, Jesus e a Nova e última aliança, representado um começo de uma nova humanidade. Jesus foi o único que consegui cumprir toda a lei de Deus, e, com isso, abriu a porta da Graça para todo aquele que nele crer.
Foi pela morte e ressureição de Cristo que a Nova Aliança passou a ser aplicada para aqueles que seguem a Cristo como seu único e suficiente Salvador.
A partir disso, Deus se relaciona conosco não mais pela Lei (Antiga Aliança), mas pela Graça, Nova Aliança. Aqui é que se encontra o ponto central de tudo. Explico!
No Velho Testamento, Deus se relacionava com o povo de Israel através das Leis e dos Mandamentos dados por Ele a Moisés. O antigo povo de Deus e os Judeus tinham um relacionamento baseados em méritos e obediências às leis, tanto é que em Deuteronômio existem diversas passagens em que a Bíblia diz que se o povo for obediente, Deus abençoa, mas se for desobediente, Deus amaldiçoa.
No entanto, esse relacionamento meritocrático servia apenas para o povo de Israel.
Para nós Cristão, o que importa seguir é o que está escrito no Novo Testamento.
Não devemos obediência nenhuma às normas do Velho Testamento, pois nossas diretrizes já estão todas escritas nos evangelhos. Para que então serve o antigo testamento, irmão Sérgio?
O Antigo testamento é essencial, pois é através dele que conhecemos toda a origem das coisas, inclusive do pecado, e é por causa das promessas contidas nele que depositamos toda nossa esperança em Jesus, o ungido de Deus, pois foi lá em Gênesis que Deus fez a promessa da redenção da raça humana.
Não só por isso, mas também para conhecermos a forma como Deus se relacionava com seu povo, para sabermos a vida dos profetas, para conhecermos os mandamentos de Deus, para sabermos toda a trajetória que o povo segui para a chegada do Messias, dentre tantas outras coisas importantíssimas para o cristianismo. Todavia, com a morte e ressureição de Cristo, não devemos mais nenhuma obediência à Antiga Lei, pois a Antiga Aliança já não existe mais, pois Cristo já a cumpriu de uma vez por todas (Mt 5:17 e 18). Muita gente não sabe, mas há uma curiosidade na vida de jesus. Você sabia que Jesus era Judeu?! Pois é. Por isso, que ele teve de cumprir toda a lei Judaica, inclusive, foi apresentado no templo, Maria ofereceu uma pombinha como sacrifício, ele ia ao templo orar todo sábado, ele participava das festas judaicas, dentre elas a páscoa.
Jesus representa o rompimento entre a Velha Aliança e a Nova Aliança, Ele deu início ao Cristianismo, que se consolida e se fortalece aproximadamente 50 anos após sua morte, que é quando a igreja primitiva começa a se reunir periodicamente com os Discípulos de Jesus ( Leia Atos dos apóstolos). O próprio Jesus, em suas parábolas e em sua vida missionária, apesar de ser judeu, já vinha desconstruindo a forma como se interpretava e se cumpria a Lei em seus tempos, mas somente com sua morte e ressureição foi que o evangelho se tornou pleno, pois a herança somente poderia ser deixada para nós com a morte do testador.
Não existe direito à herança, sem que antes o testador morra (Hb 9:16) Com a morte e ressureição de Cristo, passamos a ser co-herdeiros da promessa do Reino de Deus, pois como diria o Apóstolo Pedro: “para quem iremos nós? Se somente tu tens palavras de vida eterna”. (Jo 6:68).
Uma observação se faz necessário nesse ponto, até porque muitos leitores me enviaram a seguinte pergunta: “então quer dizer que se não devemos obediência nenhuma ao Velho Testamento, então não precisamos seguir os dez mandamentos e, com isso, podemos matar, roubar, adulterar, mentir etc”? CLARO QUE NÃO. O que afirmo é que todas as ordenanças e diretrizes que devemos seguir estão contidas no Novo testamento. Com relação aos 10 mandamentos, digo que devemos segui-los sim, com exceção de um, o da guarda do sábado, os outros nove estão em pleno vigor, vejamos: 1. Nenhum Deus além de Jeová (1 Co 8:4; Atos 14:15)
2. Nenhuma imagem esculpida (Gl 5:19-21; Rm 1:22,23)
3. Não tomar o nome de Deus em vão (Tg 5:12)
4. Honrar seus pais (Efésios 6:2,3)
5. Nãomatar (Romanos 13:8-10)
6. Não cometer adultério (Rm 13:8-10; 1 Co 6:9,10)
7.Não roubar (Romanos 13:8-10; Efésios 4:28)
8. Não prestar falso testemunho (Ap21:8; 22:15)
9. Não cobiçar (Romanos 13:8-10; Efésios 5:8) Não encontrei em passagem alguma texto que fale sobre a obrigação de guardar o sábado, pelo contrário, existem textos que nos mandam não guarda-lo (Co 2:16 e 17). Por isso, afirmo, NÃO PRECISAMOS GUARDAR O SÁBADO.
Em relação as leis sacramentais, Jesus já cumpriu tudo na Cruz do calvário, quando Ele, cordeiro imaculado de Deus morreu por nós. Não precisamos mais de intercessor humano, não precisamos mais fazer promessas, não precisamos mais sacrificar animais ou fazer qualquer tipo de malabarismo para chegarmos a Deus. Não existe mais local certo, nem dia certo para orar, nem água benta, nem cajado de Moisés, nem sal grosso, nem fronha abençoada, nem corrente de não sei lá o que..., nem santo disso, santo daquilo etc. Existe apenas um mediador e um SANTO DOS SANTOS, seu nome é Jesus, o Cristo de Deus.
Ele inaugurou um novo e vivo caminho, a Lei (Antigo Testamento) era apenas sombra de tudo aquilo que estava por vir. Jesus é a plena revelação de Deus para os homens. (Hb 10:20. Fiquem com Deus, um abraço! Até o próximo. Conhecerás a verdade, e a verdade vos libertará (Jo 8:32)
Sérgio Nicácio Lira
Nosso propósito nesse encontro é tentar trazer luz para o entendimento daqueles que ainda não compreendem a revelação de Deus ao longo da Bíblia. A partir desse tema, vamos tentar mostrar aos irmãos que o Velho Testamento, para nós cristãos, não deve ser observado como doutrina a ser seguida. Para nós, a
Antiga Aliança serviu como tutor para que tudo se consumasse no nascimento, morte e ressureição de Cristo. (Gl 3:24). Com a morte e ressureição de Cristo, abriu-se um novo e vivo caminho para chegarmos a Deus.
Nesse singelo texto, vou tentar resumir, de forma objetiva, a função do Novo e do Velho Testamentos para nossa vida cristã. Em suma, vamos passear pela história da Bíblia e tentar explicá-la, de uma forma que todos possam entender, sem entrar nos pormenores. Que Deus me ajude nesse interim!
Tudo começou no Éden quando o homem pecou contra Deus. O pecado de adão e Eva foi querer ser igual a Deus. O homem foi induzido pela serpente a comer do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal, sob o argumento de que se comesse do fruto, certamente íris ser igual a Deus. Através desse pecado, chamado de pecado original (por ter sido o primeiro praticado pelo homem), a raça humana foi condenada à morte eterna (o salário do pecado é a morte, Rm 6:23).
Como consequência disso, o homem foi expulso do Éden. No entanto, Deus, usando de sua infinita misericórdia, deixou uma esperança para a raça humana.
Deus fez a seguinte promessa para o homem: “que da semente da mulher nasceria um que iria pisar a cabeça da serpente e, com isso, iria conduzir o povo Dele de volta ao paraíso”. É com base nessa promessa que o povo de Deus começou a esperar pelo cumprimento do nascimento daquele que iria pisar a cabeça da serpente e conduzi-lo de volta ao paraíso.
A promessa de Deus começou a ter seu cumprimento quando o Anjo do Senhor aparece a Abraão e diz: “Abraão sai da tua parentela e da casa de teu pai, e vai para a terra que te mostrarei. E far-te- ei uma grande nação, e em ti serão abençoadas todas as famílias da terra” (Gn 12:1-3). Aqui, Deus ratifica a promessa feita a Adão e Eva, quando disse que da semente da mulher nasceria um que iria pisar a cabeça da serpente. Nos dois episódios, está implícito que Deus está falando do Messias, ou seja, ambas as promessas sinalizam para a vinda de jesus, o Cristo de Deus.
Todavia, do início da promessa até seu cumprimento passaram-se milhares de anos, pois Jesus só nascera mais de 6 mil anos após a primeirapromessa. A pergunta é: nesse intervalo de tempo como foi que o povo de Deus ficou, onde morou, quais leis seguiu, quem foram seus líderes? É aqui que entra todo o conteúdo do Velho testamento, pois é nos seus 39 livros que estão registradas toda a história da humanidade, da criação em Gênesis até o último profeta da Antiga Lei, Malaquias.
É no Antigo Testamento que encontramos toda a trajetória do povo de Deus, seus rituais, suas leis, e as promessas de Iavé para a chegada do Cristo. A história da redenção começa com o chamado de Abraão, quando Deus disse que dele sairia uma grande nação, apesar de sua mulher Sara, ser estéril e já velha, isso não impediu Deus de cumprir aquilo que havia prometido, pois Sara teve um filho com Abraão, seu nome, Isaque. Que por sua vez teve dois filhos gêmeos, Esaú e Jacó; Jacó, que era o mais moço, comprou a primogenitura de seu irmão com um guisado de comida. Da descendência de Jacó, nasceram doze filhos, dentre eles, José, que se tornou Governador do Egito, apesar de ter sido vendido, por seus irmãos, como escarvo.
No tempo em que José foi Governador no Egito, uma grande seca assolou toda a terra, o que fez com que, por providência Divina, José levasse seus irmãos e seu pai para morar com ele no Egito. Isso para cumpri a promessa que Deus havia feito a Abraão, pois se José não tivesse sido vendido como escravo e se tornado governador, toda a raça humana teria morrido, pois foi José quem interpretou o sonho de Faraó que dizia que por sete anos, a terra iria passar por uma grande seca, foi aí que José armazenou comida suficiente para esse período (leia toda a história em Gênesis, capítulos: 37-47).
Tempos depois, com a morte de José e a ascensão ao trono de um novo Faraó e a multiplicação do povo de Israel em terras egípcias, o novo rei manda aprisionar todo o povo de Deus e obriga-o a trabalhar para ele como escravo. E aí que Deus levanta Moisés, para libertar e liderar o povo rumo a terra prometida, Canaã. Foi sob a liderança de Moisés que o povo saiu do Egito em direção a terra prometida, mas chegando lá, após, três meses de peregrinação no deserto, o povo teve medo de lutar contra os gigantes daquela terra, exceto Josué e Calebe, que disseram: “se Deus nos prometeu, Deus vai nos dar essa terra”. Devido à pouca fé do povo, em não confiar nas promessas divinas, Iavé decidiu que aquela geração incrédula, com exceção de Josué e Calebe, não iria entrar na terra prometida, por isso, fez com que o povo peregrinasse sem direção por 40 anos, até que não restasse mais nenhum daquela geração. Quarenta anos depois, Josué e Calebe
tomaram posse da Terra prometida, Moisés, porém, não estava mais com eles.
Após esse período de peregrinação no deserto, o povo de Deus passa a ser governado por homens e mulheres que recebem o título de Juiz, dentre eles: Sansão, Débora, Gideão, dentre outros. Todavia, o povo de Deus não queria mais ser governado por Juízes, queria ter um rei, pois os povos vizinhos eram governados por reis. Deus concede o Desejo do povo e manda Samuel, sacerdote e profeta, ungir Saul como rei de Israel. Todavia, Saul desobedece as ordens de Deus e, por isso, Deus levanta outro Rei em seu lugar, seu nome: Davi, cuja história todos nós já conhecemos. O sucessor de Davi, no trono é seu filho Salomão, mas com a morte de Salomão, o reinado de Israel fica dividido, pois o sucessor legítimo, que é Roboão, começa a oprimir o povo, que resolve apoiar outro rei, que é Jeroboão. Com isso, o povo de Israel fica dividido, de um lado 10 tribos sob o comando de Jeroboão, do outro, 2 tribos com Roboão. Com essa divisão, o povo de Israel começou a sofrer influência de outros povos e começou a seguir doutrinas de deuses pagãos. Foi aí que Deus levantou profetas (porta-vozes) para disciplinar o povo e fazer com que o povo se arrependesse e voltasse a adorá-lo. Foi nesse período que o povo de Deus foi feito escravo diversas vezes por diferentes nações. Era através dos profetas, dentre eles Isaías, Jeremias, Daniel, dentre outros, que Deus exortava e consolava a nação de Israel sob a promessa de que iria, em breve, enviar um Messias para seu povo. E esse Messias iria salvar Israel de seus pecados de uma vez por todas. Quem era esse Messias?
Jesus, o Cristo de Deus.
É sobre essa promessa do envio do Messias, que surge o Novo Testamento, quando uma virgem anuncia a seu noivo que está grávida pelo Espírito Santo de Deus e que do ventre dela nascerá um menino chamado Jesus.
Isso para cumprir a promessa de Gênesis que diz: do ventre da mulher nascerá aquela que vai pisar na cabeça da serpente. Portanto, o nascimento de Jesus é o cumprimento da aliança que Deus fez com o homem de que iria enviar um Salvador para livrar o homem da morte eterna.
Nesse momento, há uma divisão histórica na Bíblia, a partir de agora, com a chegada do Messias, a humanidade passa a viver um novo e vivo caminho.
Jesus é o segundo Adão (1Co 15:45) que vem para levar o povo de volta ao Paraíso, do qual o primeiro Adão havia sido expulso. Com isso, a Bíblia fica dividida, de um lado o Velho testamento, representado por Adão e sua descendência, do outro lado, Jesus e a Nova e última aliança, representado um começo de uma nova humanidade. Jesus foi o único que consegui cumprir toda a lei de Deus, e, com isso, abriu a porta da Graça para todo aquele que nele crer.
Foi pela morte e ressureição de Cristo que a Nova Aliança passou a ser aplicada para aqueles que seguem a Cristo como seu único e suficiente Salvador.
A partir disso, Deus se relaciona conosco não mais pela Lei (Antiga Aliança), mas pela Graça, Nova Aliança. Aqui é que se encontra o ponto central de tudo. Explico!
No Velho Testamento, Deus se relacionava com o povo de Israel através das Leis e dos Mandamentos dados por Ele a Moisés. O antigo povo de Deus e os Judeus tinham um relacionamento baseados em méritos e obediências às leis, tanto é que em Deuteronômio existem diversas passagens em que a Bíblia diz que se o povo for obediente, Deus abençoa, mas se for desobediente, Deus amaldiçoa.
No entanto, esse relacionamento meritocrático servia apenas para o povo de Israel.
Para nós Cristão, o que importa seguir é o que está escrito no Novo Testamento.
Não devemos obediência nenhuma às normas do Velho Testamento, pois nossas diretrizes já estão todas escritas nos evangelhos. Para que então serve o antigo testamento, irmão Sérgio?
O Antigo testamento é essencial, pois é através dele que conhecemos toda a origem das coisas, inclusive do pecado, e é por causa das promessas contidas nele que depositamos toda nossa esperança em Jesus, o ungido de Deus, pois foi lá em Gênesis que Deus fez a promessa da redenção da raça humana.
Não só por isso, mas também para conhecermos a forma como Deus se relacionava com seu povo, para sabermos a vida dos profetas, para conhecermos os mandamentos de Deus, para sabermos toda a trajetória que o povo segui para a chegada do Messias, dentre tantas outras coisas importantíssimas para o cristianismo. Todavia, com a morte e ressureição de Cristo, não devemos mais nenhuma obediência à Antiga Lei, pois a Antiga Aliança já não existe mais, pois Cristo já a cumpriu de uma vez por todas (Mt 5:17 e 18). Muita gente não sabe, mas há uma curiosidade na vida de jesus. Você sabia que Jesus era Judeu?! Pois é. Por isso, que ele teve de cumprir toda a lei Judaica, inclusive, foi apresentado no templo, Maria ofereceu uma pombinha como sacrifício, ele ia ao templo orar todo sábado, ele participava das festas judaicas, dentre elas a páscoa.
Jesus representa o rompimento entre a Velha Aliança e a Nova Aliança, Ele deu início ao Cristianismo, que se consolida e se fortalece aproximadamente 50 anos após sua morte, que é quando a igreja primitiva começa a se reunir periodicamente com os Discípulos de Jesus ( Leia Atos dos apóstolos). O próprio Jesus, em suas parábolas e em sua vida missionária, apesar de ser judeu, já vinha desconstruindo a forma como se interpretava e se cumpria a Lei em seus tempos, mas somente com sua morte e ressureição foi que o evangelho se tornou pleno, pois a herança somente poderia ser deixada para nós com a morte do testador.
Não existe direito à herança, sem que antes o testador morra (Hb 9:16) Com a morte e ressureição de Cristo, passamos a ser co-herdeiros da promessa do Reino de Deus, pois como diria o Apóstolo Pedro: “para quem iremos nós? Se somente tu tens palavras de vida eterna”. (Jo 6:68).
Uma observação se faz necessário nesse ponto, até porque muitos leitores me enviaram a seguinte pergunta: “então quer dizer que se não devemos obediência nenhuma ao Velho Testamento, então não precisamos seguir os dez mandamentos e, com isso, podemos matar, roubar, adulterar, mentir etc”? CLARO QUE NÃO. O que afirmo é que todas as ordenanças e diretrizes que devemos seguir estão contidas no Novo testamento. Com relação aos 10 mandamentos, digo que devemos segui-los sim, com exceção de um, o da guarda do sábado, os outros nove estão em pleno vigor, vejamos: 1. Nenhum Deus além de Jeová (1 Co 8:4; Atos 14:15)
2. Nenhuma imagem esculpida (Gl 5:19-21; Rm 1:22,23)
3. Não tomar o nome de Deus em vão (Tg 5:12)
4. Honrar seus pais (Efésios 6:2,3)
5. Nãomatar (Romanos 13:8-10)
6. Não cometer adultério (Rm 13:8-10; 1 Co 6:9,10)
7.Não roubar (Romanos 13:8-10; Efésios 4:28)
8. Não prestar falso testemunho (Ap21:8; 22:15)
9. Não cobiçar (Romanos 13:8-10; Efésios 5:8) Não encontrei em passagem alguma texto que fale sobre a obrigação de guardar o sábado, pelo contrário, existem textos que nos mandam não guarda-lo (Co 2:16 e 17). Por isso, afirmo, NÃO PRECISAMOS GUARDAR O SÁBADO.
Em relação as leis sacramentais, Jesus já cumpriu tudo na Cruz do calvário, quando Ele, cordeiro imaculado de Deus morreu por nós. Não precisamos mais de intercessor humano, não precisamos mais fazer promessas, não precisamos mais sacrificar animais ou fazer qualquer tipo de malabarismo para chegarmos a Deus. Não existe mais local certo, nem dia certo para orar, nem água benta, nem cajado de Moisés, nem sal grosso, nem fronha abençoada, nem corrente de não sei lá o que..., nem santo disso, santo daquilo etc. Existe apenas um mediador e um SANTO DOS SANTOS, seu nome é Jesus, o Cristo de Deus.
Ele inaugurou um novo e vivo caminho, a Lei (Antigo Testamento) era apenas sombra de tudo aquilo que estava por vir. Jesus é a plena revelação de Deus para os homens. (Hb 10:20. Fiquem com Deus, um abraço! Até o próximo. Conhecerás a verdade, e a verdade vos libertará (Jo 8:32)
Conhecerás a verdade, e a verdade vos libertará (Jo 8:32)
Sérgio Nicácio Lira
Sérgio Nicácio Lira
Sérgio Nicácio Lira. Bel em Direito pelo Centro de Estudos Superiores de Maceió (CESMAC), extensão Arapiraca, no ano de 2009. Servidor Público do Tribunal de Justiça de Pernambuco (Oficial de Justiça) . Seguidor e Discípulo de Jesus, o Cristo. Estudante da palavra de Deus.
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