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Como não terminar uma relação

10/05/2014 21h09
10/05/2014 21h09
Como não terminar uma relação
           O amor! Como é bonito o início de uma relação, mas espere, e quanto ao fim dela? Como as pessoas lidam com isso? E por que muitas relações terminam? Você leitor que passou por situações desconfortáveis ao terminar uma relação poderá encontrar algumas semelhanças e se não experimentou preste atenção. Para compreensão do texto se faz necessário que vejam o vídeo. Vamos começar.



         O vídeo apresentado mostra de forma bem humorada como não se deve terminar uma relação. O namorado tenta finalizar o relacionamento de forma a não deixar uma má impressão na namorada, tentando exaltar alguma qualidade dela. Contudo, como vocês podem ter visto, ele fracassa completamente, pois a relação se desgastou tanto que a impressão que lhe restou foi que a namorada não tinha qualidades que lhe agradasse. É engraçado e triste ao mesmo tempo.
Analisando um pouco das relações amorosas, elas em muitos casos, começam com uma paixão avassaladora, onde parece que o sujeito irá morrer se não tiver o ser amado por perto, sendo esse processo reforçado continuamente à medida que existam encontros, beijos, abraços e telefonemas três, quatro, dez vezes por dia para perguntar somente: “liguei só para ouvir a sua voz”. No inicio é reforçador, mas se o sujeito não apresentar uma nova classe de respostas, esse relacionamento estará fadado ao fracasso, pois a “paixão” uma hora acaba e se não acabasse o corpo do indivíduo não suportaria essa explosão de sentimentos (comportamentos).
Em um dado momento a relação tomará outros rumos, ou seja, a relação vai se modificando e a tal paixão poderá se transformar em amor, onde o sujeito apresentará um novo repertório comportamental, sem aquela vontade desesperada de estar com o ser amado, seria uma mudança de quantidade para qualidade, visto que, é permitido ao outro sentir a ausência da pessoa amada e fazer elaborações mais complexas sobre a relação, vindo então planos e projetos conjuntos, pensados a longo prazo.
Em casos onde os indivíduos aprendem a lidar com as particularidades do outro, e não somente com similaridades que os fizeram se aproximar no início, a relação terá mais chances de ser duradoura. Contudo isso exigirá um alto custo de tempo e energia, o que para alguns é muito difícil de conseguir.
Se os pequenos defeitos se tornarem tão relevantes a ponto de ser o tema principal da relação, ela provavelmente acabará como a do casal do vídeo, onde ele em um determinado momento se questiona:  você não pode ser uma pessoa sem nenhuma... você era assim no começo? não era”. Tendemos na fase da paixão a superestimar as qualidades do outro tornando-as maiores do que realmente são e em muitas situações não conseguimos lidar com questões mínimas, como um pequeno defeito.
Possivelmente se esse relacionamento enfrentar uma crise mais séria ele poderá findar-se, pois não havia repertório para lidar com a situação e como no vídeo, o término desse relacionamento pode acabar sendo desastroso.  Encerro por enquanto deixando que vocês façam as suas próprias elaborações, e reflexões sobre seus relacionamentos anteriores e atuais. Agradecendo mais uma vez a sua leitura e presença, aqui no Além da Caixa. Vemo-nos em breve, meu caro leitor.
 


Por: Cinthia Rafaelle  Ferreira Lima.
Psicóloga Clínica Comportamental
CRP15/3287.

Além da Caixa

O Além da Caixa é um espaço para a discussão dos mais diversificados temas sob a ótica da psicologia do comportamento. De maneira direta e com uma linguagem clara falaremos ao público em geral, mas sem destoar dos princípios da Psicologia Científica.
Seus responsáveis são os psicólogos comportamentais Cinthia Ferreira CRP 15/3287, Jacinto Neto CRP 15/3274, Jackelline Lima CRP 15/3275 e Renata Lopes CRP 15/3296, graduados em Psicologia pela Universidade Federal de Alagoas e pós graduação em Análise do Comportamento.
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