O MDB pode estar em busca de um plano C para as eleições municipais de Arapiraca em 2020, visto que os planos A e B podem ter ido por água abaixo após as últimas operações policiais envolvendo pessoas ligadas à Ricardo Nezinho e Luciano Barbosa, considerados as duas opções do partido para a capital do Agreste.

Nesta quarta-feira (11), durante uma operação da PF para desbaratar fraudes e desvios de dinheiro na Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), foi presa Regiluce Santos, diretora do Hospital de Emergência do Agreste e cunhada do deputado Nezinho. Regiluce, assim como outros membros da diretoria do hospital, são indicações do parlamentar emedebista.

No cargo há mais de 4 anos, a gestão de Regiluce vinha sendo marcada por denúncias junto ao Ministério Público, a maioria delas formalizadas por usuários e servidores. Entre as principais anotações estão a falta de insumos básicos, mau atendimento, perseguição a servidores e a ausência de condições mínimas de trabalho.

PLANO B

Considerado o plano B do partido, o vice-governador e secretário estadual de Educação, Luciano Barbosa, sofreu um baque ainda maior, aliás, dois.

No último mês de setembro, a operação Casmurro, da PF, fez uma varredura na secretaria de Barbosa e detectou desvio de recursos Programa Nacional de Apoio ao Transporte Escolar (PNATE) e do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação Básica (Fundeb). Treze pessoas foram presas.

Nesta quarta-feira (11), durante outra operação da PF, que prendeu a cunhada de Nezinho, o vice-governador amargou as prisões de sua filha e genro, além de médicos e empresários ligados ao grupo.

Com os nomes pra lá de arranhados, Nezinho e Barbosa poderão ser descartados do xadrez político arapiraquense em 2020 ou, pelo menos, não participarem do processo como favoritos. A resposta a todos esses escândalos será dada nas urnas.