Terceira dose da vacina deve começar por profissionais de saúde e idosos, diz ministro

Por Folhapress 18/08/2021 14h02
Por Folhapress 18/08/2021 14h02
Terceira dose da vacina deve começar por profissionais de saúde e idosos, diz ministro
Vacinq - Foto: Reprodução

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse nesta quarta-feira (18) que a aplicação da terceira dose para reforçar a imunização contra a Covid-19 deve começar por profissionais de saúde e idosos. "A gente vai começar por grupos prioritários. De novo, profissionais de saúde, os mais idosos", disse Queiroga à imprensa. A ideia é reforçar a imunização diante do avanço de variantes do vírus, como a delta. "Estamos planejando aqui, para que no momento em que tivermos todos os dados científicos, número de doses suficientes, já orientar o reforço dessa vacina, isso em relação a todos os imunizantes disponíveis", afirmou o ministro.

Queiroga anunciou no fim de julho que a pasta encomendou estudo para avaliar a necessidade de dose de reforço para pessoas que receberam a Coronavac. Ele disse nesta quarta-feira que a pasta mirou o imunizante desenvolvido pelo laboratório chinês Sinovac e produzido no Brasil pelo Butantan porque já há estudos sobre a terceira aplicação para outros imunizantes. "Ainda não há evidência científica sólida de como deve ser. Se deve ser o mesmo imunizante, outro, e qual o momento de fazer isso", afirmou o ministro.

Doria vem travando uma disputa com o governo federal, afirmando que passou a receber menos doses. O ministro repetiu que não há injustiças e que São Paulo havia recebido proporcionalmente mais doses que outros estados, por apresentar um número maior de pessoas em grupos prioritários. Antes, a entrega era baseada no volume de pessoas em grupos prioritários em cada estado. Desde o fim de julho, novo acordo prevê que a distribuição de novas doses ocorra por apenas faixa etária e que haja compensações por doses extras recebidas por alguns estados -como em envio de doses por ações judiciais ou para grupos extras, como população de fronteira.

Queiroga também voltou a afirmar que o governo paulista recebeu doses extras da Coronavac. O Butantan faz entregas diretamente ao estado, ou seja, sem passar pelo Centro de Distribuição do governo federal. O ministro disse que não houve "má-fé", mas apenas divergências entre o cálculo do ministério e do governo paulista sobre as doses que deveriam ser entregues. A Saúde chegou a reduzir a entrega de vacinas da Pfizer ao governo paulista para compensar as doses extras do Butantan, mas voltou atrás. Agora, a ordem é compensar com imunizantes do mesmo modelo.

A secretária de Enfrentamento à Covid do Ministério da Saúde, Rosana Leite de Melo, disse que ainda é preciso "descontar" 301,9 mil doses da Coronavac entregues pelo Butantan ao governo paulista. O ministro disse que a divergência entre o governo paulista e o ministério é "fútil". "São milhares de doses, quando na realidade já distribuímos mais de 200 milhões de vacinas. Ou seja, todo esse questionamento é fútil", declarou.