Defensoria Pública de Alagoas pede multa contra secretário e delegado por imagens de presos

Por Redação com Gazetaweb.com 17/04/2019 15h03 - Atualizado em 14/12/2023 15h03
Por Redação com Gazetaweb.com 17/04/2019 15h03 Atualizado em 14/12/2023 15h03
O defensor público do Núcleo de Tutela Coletiva da Defensoria Pública do Estado, Othoniel Pinheiro Neto, protocolou, nesta quarta-feira (17), o pedido de cumprimento da decisão judicial que proibiu a exposição involuntária de presos provisórios aos meios de comunicação, bem como a aplicação de multa, no valor de R$ 1 mil, na pessoa do secretário de Estado de Defesa Social, Lima Júnior, e do Delegado-Geral de Polícia Civil, Paulo Cerqueira, em razão do reiterado descumprimento da decisão.

Na petição protocolada na Justiça, o defensor solicita, ainda, o aumento da multa para o valor de R$ 5 mil, e a inclusão de agentes públicos, como os delegados de polícia civil e outras cominações, caso haja novo descumprimento. Em maio de 2017, a justiça alagoana determinou que todos os agentes públicos vinculados à área de segurança, observem o respeito à imagem do preso provisório, velando, quando sujeito às suas autoridades, pela não exposição involuntária aos meios de comunicação.

A decisão da justiça estabeleceu proibição para que empregados de empresas de comunicação privada utilizem-se dos veículos públicos ou qualquer outro equipamento estatal (delegacias, automóveis, quartéis etc.) quando em operação com presos provisórios, para produzir imagens, entrevistas e/ou exposições involuntárias destes.

No mês passado, a Defensoria Pública constatou o descumprimento da ordem judicial e oficiou os agentes públicos responsáveis informando sobre a decisão judicial e pedindo providências, no entanto, não obteve sucesso na tentativa de resolução administrativa.

Na petição, o defensor requereu que os entes públicos adotem providencias, no prazo de 15 dias, para evitar que o descumprimento de sentença volte a acontecer, tais como advertência referente à observância da abertura de processo administrativo disciplinar contra os agentes públicos que desobedecerem à ordem judicial.