Assembleia decide questão da greve da Educação de Arapiraca nesta quinta (10)

Por Niel Antonio 10/08/2017 09h09 - Atualizado em 10/08/2017 12h12
Por Niel Antonio 10/08/2017 09h09 Atualizado em 10/08/2017 12h12
Assembleia decide questão da greve da Educação de Arapiraca nesta quinta (10)
Foto: Arquivo/ Arapiraca News
Apesar de boa parte dos professores de Arapiraca ter retornado às atividades em algumas escolas, o movimento paradista continua. Foi o que destacou o vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Educação (Sinteal), núcleo Arapiraca, Paulo Henrique, durante entrevista ao programa Pajuçara na Hora, da Rádio Pajuçara 101,9 FM.

Na tarde desta quinta-feira (10), os trabalhadores da Educação terão uma assembleia na Escola Hugo Lima, com o intuito de serem ouvidos, para então haver deliberação de continuidade ou não da greve. “O sentimento é de desvalorização, de uma situação que não esperávamos que fosse dessa forma. Uma greve histórica, uma greve tão longa, onde a prefeitura tem condições de resolver, não tão somente as questões salariais, mas também as questões estruturais”, disse Paulo Henrique.

Mesmo se for decidido pelo fim da greve, as mobilizações devem continuar ocorrendo na cidade, para que haja valorização dos professores e melhoria na estrutura das escolas, além da oferta de merenda escolar de qualidade, garante o representante do Sinteal.

Em junho deste ano, a Prefeitura de Arapiraca, através de sua procuradoria, encaminhou ao Tribunal de Justiça de Alagoas, e também ao Sinteal, o parecer técnico acerca da proposta de reajuste salarial dos profissionais da Educação. O órgão municipal reafirma o reajuste que foi proposto anteriormente - de apenas 2,33%, a ser pago retroativamente ao mês de abril. De acordo com a gestão municipal, o impacto aos cofres públicos será de R$ 1.260.000,00 entre os servidores ativos e aposentados, no mês de setembro.

O quadro de funcionamento das escolas ainda é relativo na cidade. Em algumas escolas, já há normalidade das aulas. Em outras, apenas 50% do efetivo dos servidores estão trabalhando. De acordo com Paulo Henrique, algumas unidades já têm cerca de 80% em funcionamento.

“Tem escolas onde nós temos um percentual maior, outras ainda paradas, outras com percentual menor, outras na normalidade. Mas não é uma situação que resolve. É importante a gestão entender – e a sociedade também, que a solução do problema é quando todos retornarem às atividades”, destacou Paulo.

Protesto de quarta (09)
Sobre o sepultamento simbólico do prefeito Rogério Teófilo e do secretário Lenine Pereira, Paulo Henrique explicou que as motivações do protesto promovido na tarde de quarta-feira (09) foi para chamar a atenção da gestão para a falta de negociação com servidores que prestam um serviço essencial à sociedade. As declarações do secretário Lenine, que teria chamado os manifestantes de baderneiros, também foram motivo para o protesto.

“O primeiro sepultamento que ocorreu foi a própria gestão desestruturando totalmente a educação do nosso município. Isso saiu como indicativo em uma das nossas assembleias, acatamos, e fizemos isso em termo de um movimento simbólico, cobrando que não existiu uma ação ativa, uma ação viva para resolver o problema – não tão somente dos trabalhadores da educação, mas também de todos aqueles que necessitam desse serviço”, comentou.

A assembleia ocorrerá nesta quinta-feira (10), a partir das 15h, na Escola Hugo Lima, e reunirá todos os servidores da Educação, inclusive os que já voltaram às suas tarefas.